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Catálogo da XVII Bienal de São Paulo - Walter Zanini

Aquila na Bienal


Consciência e constância no ato criador”, assinalou Mário Barata ao tratar a obra de Luiz Aquila em 1976. São observações que se confirmaram nas etapas posteriores do artista como ainda nesta última. Os espaços expressionistas abrigavam antes uma espécie de paisagismo abstrato. Agora não são ou são pouco alusivos e não parecem comportar senão a própria realidade dos planos e ritmos das cores vibrantes. Nenhuma explosão sensorial, mas a sensualidade controlada,o refazimento contínuo das anotações cromáticas sem que se percam os padrões fixados inicialmente. A procura das veladuras, num procedimento à óleo que lembra o de outras técnicas de pigmentos mais diluídos. O temperamento forte e o perfeccionista do colorista empenhado na complexidade da composição informal que torne as tonalidades uma realidade orgânica e plena. A pintura para Luiz Aquila é um ato de reflexão.

Texto de Walter Zanini publicado no Catálogo da XVII Bienal de São Paulo em 1983


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